Projeto realizado pela Bayer em parceria com agricultores, pesquisadores e canais, iniciado e testado em lavouras do Paraná, Santa Catarina e do Rio Grande do Sul, agora será ampliado para fazendas graças à tecnologia da agtech Sima
Velha conhecida dos produtores brasileiros, a Cigarrinha-do-milho (Dalbulus maidis) nas últimas safras trouxe grande preocupação ao campo. O inseto-praga característico em cultivos de milho, que causa “enfezamentos” às plantas, desde a safra 2020/21, tem apresentado forte pressão de ataque nos cultivos do cereal pelo País podendo causar perdas entre 20 a 90% do potencial produtivo.
Nos estados da região sul, por exemplo, a instabilidade do clima com tempo seco e chuvas irregulares favoreceu a incidência do inimigo. Em Mato Grosso, maior produtor nacional da cultura, também já existem produtores preocupados com o grande aumento de casos, inclusive cogitaram um “vazio sanitário” com a suspensão do cultivo do grão na primeira safra deste ano como paliativo.
Diante desse cenário, com o objetivo de auxiliar um número ainda maior de produtores no manejo mais assertivo da praga e mitigar maiores perdas na produção do grão, a Bayer anunciou a ampliação do seu programa Esquadrão de Combate à Cigarrinha. A rede colaborativa de dados sobre a praga, lançada inicialmente no ano passado com plano piloto nas lavouras do Paraná, Santa Catarina e do Rio Grande do Sul, em parceria com agricultores e pesquisadores, agora será ampliada podendo tornar-se a maior rede de monitoramento da Cigarrinha-do-milho da América Latina.
Essa ampliação está sendo estruturada com a ajuda da tecnologia da Sima - Sistema Integrado de Monitoramento Agrícola, agtech que oferece uma plataforma completa e inteligente que permite realizar monitoramentos em campo de forma georreferenciada, analisar informações e gerar importantes insights para auxiliar na tomada de decisão.
O sistema da Sima ainda proporciona a construção de um banco de dados. Segundo Rafael Malacco (foto acima), gerente de desenvolvimento de mercado da agtech, no caso específico da cigarrinha, pelo comportamento que apresenta, é de suma importância que os monitoramentos sejam analisados de forma mais espacial, regional e não se limite a decisões talhão a talhão ou fazenda a fazenda. “Com a plataforma é feita a gestão das instalações e monitoramentos e a unificação em único banco de dados facilitando a rápida análise para uma rápida decisão, além de construir e manter os registros históricos que seguramente servirão como base para diversos estudos e correlações futuras referente a essa adversidade”, ressalta.
De acordo com Marcelo Giacometti, Customer Experience Activation Manager da Bayer, com todos esses diferenciais, a Sima demonstrou uma parceria fundamental na coleta e interpretação dos dados vindos do campo. “Com os relatórios dinâmicos que criamos em conjunto, podemos analisar áreas de todo Brasil de forma simples e ágil, ajudando o produtor rural a tomar as melhores decisões rapidamente”, disse.
Com o projeto bem estruturado, com resultados positivos em seu primeiro ano, agora a meta dos idealizadores passou a ser ainda mais ambiciosa. Segundo Giacometti, a ideia da Bayer é ampliar a informações de qualidade sobre a praga e mitigar o impacto do complexo do enfezamento nas safras. “Creio que temos potencial de criar a maior rede de inteligência sobre uma praga de alto impacto econômico para o agro da América do Sul.
Ganhos diretos
O esquadrão de combate à cigarrinha foi estruturado sob uma rede integrada de informações sobre as populações do inseto, coletadas a campo semanalmente e registradas por meio de um aplicativo. Dessa forma foi possível criar mapas e entender a dinâmica da praga; além dos limites do talhão do agricultor. Esses mapas ajudaram a conscientizar a cadeira produtiva sobre a necessidade de manejar a praga de forma integrada. A participação dos monitores, pesquisadores, empresas e agricultores foi sincronizada, onde cada parte apoiou em uma etapa crítica do processo: na coleta dos dados, compilação dos diagnósticos, interpretação e recomendação de manejo em tempo hábil.
Com o mapeamento do Esquadrão de Combate à Cigarrinha cada vez mais robusto com informações mais precisas em um grande banco de dados, o produtor terá diversos benefícios. Um dos principais é ter a segurança de cultivar sua lavoura de milho, com sustentabilidade e lucratividade
Conforme adianta o executivo da Bayer, a meta é impactar o maior número possível de agricultores, técnicos e profissionais. Isso porque as informações geradas pelo esquadrão somente são úteis quando chegam ao agricultor de forma ágil, a tempo de ajustar seu manejo e evitar o impacto do complexo do enfezamento. “Todos os dados estarão disponíveis através dos nossos parceiros de negócios e times de campo”, finaliza Giacometti.
A SIMA é uma AgTech que surgiu em 2013 na Argentina com o objetivo de oferecer aos produtores uma plataforma simples, completa e inteligente para monitoramento, controle e análise de dados. Hoje a empresa está presente em 8 países da América Latina e possui mais de 4 milhões de hectares monitorados. Mais informações em: www.sima.ag/pt.
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