Livro aborda perspectivas essenciais sobre o uso dos produtos biológicos na sojicultura brasileira, pautado pela produção sustentável e o avanço da agricultura regenerativa
A soja ocupa cerca de 40 milhões de hectares no Brasil, e os agricultores, focados no aumento de produtividade, buscam constantemente instrumentos para serem mais eficientes a cada safra. Uma das ferramentas cada vez mais demandadas pelos sojicultores são os bioinsumos, com destaque para a adoção em larga escala da fixação biológica de nitrogênio, além do controle biológico de pragas e doenças.
Diante desse fato, e também devido à grande importância do tema para a economia, pautados pela produção sustentável e o avanço da agricultura regenerativa, a Embrapa editou, em parceria com a Biotrop - empresa brasileira de biológicos e naturais -, a publicação “Bioinsumos na Cultura da Soja”.
O livro foi idealizado como fonte de consulta para agricultores, alunos de graduação e pós-graduação, pesquisadores, professores e consultores. A edição compila conhecimentos técnicos sobre bioestimulantes, biorreguladores, agentes biológicos de controle, bioprotetores, biofertilizantes e inoculantes, bem como processos e tecnologias no contexto de produção sustentável.
De acordo com Juliano Cesar da Silva, gerente de assuntos regulatórios da Biotrop e editor da publicação, há diversos desafios para a adoção plena dos bioinsumos, o que é tratado em capítulo específico do livro. “Um dos pontos abordados é a prospecção e desenvolvimento de novos produtos biológicos para atender a demanda dos cultivos agrícolas. Além disso, também é ressaltada a importância da formulação, visando facilitar a utilização das soluções, além de proporcionar estabilidade de prateleira ajustada às realidades do campo. Ambos aspectos têm a atenção de indústrias como a Biotrop”, destaca.
Outro ponto importante é a tecnologia de aplicação do bioinsumo, que quando realizada de forma correta potencializa o sucesso do controle biológico. “Desta forma, os avanços em tecnologia de aplicação, bem como o desenvolvimento de novos equipamentos e adequações nas modalidades de aplicação devem ser fomentados”, pontuou Silva.
A compatibilidade é outro assunto que ganhou destaque. Considerando que em muitos casos os produtos são compostos por microrganismos vivos, estudos da relação entre diferentes tecnologias e formulações são necessários para a correta utilização, visando obter o máximo benefício do bioinsumo.
Bioinsumos nos sistemas produtivos
Para o profissional da Biotrop, o entendimento da importância da utilização dos bioinsumos no sistema produtivo da soja, ou seja, ao longo das safras, é fundamental. Essa compreensão faz com o agricultor entenda cada diferente ferramenta ao seu dispor para o manejo de pragas, doenças, nutrição de plantas, redução de estresses bióticos e abióticos, etc. Desta forma, o uso de agentes biológicos com sua especificidade de ação, aplicações nas diferentes culturas do sistema de produção, associadas à rotação delas, permite a redução dos fatores que comprometem o potencial produtivo da lavoura.
Sobre o livro
A publicação “Bioinsumos na Cultura da Soja”, dos editores Maurício Conrado Meyer (Embrapa Soja), Adeney de Freitas Bueno (Embrapa Soja), Sérgio Miguel Mazaro (Universidade Tecnológica Federal do Paraná) e Juliano Cesar da Silva (Biotrop), conta com 538 páginas.
Foi estruturada em cinco temáticas: Cenário, desafio e inovações de bioinsumos na cultura da soja; Tecnologias de aplicação; Aplicações – rizosfera/saúde do solo; Aplicações – manejo de plantas daninhas e doenças; e Aplicações – manejo de pragas. O livro possui versões digital e impressa, de acesso aberto gratuito, e pode ser baixada no site biotrop.com.br.
via assessoria
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