O uso de defensivos biológicos pode reduzir custos de produção e auxiliar na obtenção de créditos de carbono
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Dados foram apresentados na abertura Datagro da Safra de Grãos 2022/23
O evento DATAGRO Abertura de Safra Grãos - Soja, Milho e Algodão, que ocorreu na última segunda-feira, 29, apresentou um painel sobre o mercado de insumos para a safra 2022/23, no qual o aumento dos custos e problemas de oferta, principalmente de fertilizantes, foram o foco das discussões. Segundo o diretor comercial da Koppert Brasil e membro do conselho da Croplife Brasil, Gustavo Herrmann, os bioinsumos, por serem predominantemente produzidos no Brasil (90% da produção), apresentam menor flutuação de preços que os químicos e são comercializados em reais. “Ao utilizar os insumos biológicos, o produtor brasileiro consegue ter uma melhor previsibilidade de seus gastos, mantendo assim suas margens mesmo com o aumento geral de custos.”
Além disso, os defensivos biológicos geram um ambiente supressivo para as pragas e doenças agrícolas, reduzindo a necessidade do uso calendarizado dos insumos químicos. “A aplicação dos biodefensivos também auxilia na obtenção de créditos de carbono, fazendo com que a pegada de carbono do produtor fique negativa. No setor de etanol, onde já existe o RenovaBio, pode intensificar o acesso aos Cbios”, explica Herrmann.
Os inoculantes biológicos também são aliados na redução de custos, além de promoverem maior produtividade. Isso porque esse bioinsumos diminuem o uso dos fertilizantes tradicionais, promovendo a fixação biológicos do nitrogênio e outros nutrientes no solo. “Cerca de 25% dos produtores de soja do Brasil já utilizam o Azospirillum em suas lavouras”, diz o diretor comercial.
Durante o painel, que também teve a participação de Christian Lohbauer, presidente da CropLife Brasil; Ricardo Tortorella, diretor-executivo da Associação Nacional para Difusão de Adubos (Anda); e Euclides Jutkoski, diretor-executivo da Associação Brasileira dos Produtores de Calcário Agrícola (Abracal), foram indicados os fatores que têm afetados as cadeias produtivas como: pandemia de Covid-19, conflito no Leste Europeu e problemas climáticos. Os produtores tiveram suas margens de lucros reduzidas, além disso, esse cenário escancarou a alta dependência do Brasil no que diz respeito aos fertilizantes e defensivos químicos - mais de 80% do fertilizante e 76% dos defensivos (princípio ativo) são importados.
via assessoria
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