Especialistas analisam a safra, que deve superar 50 milhões de sacas, e orientam sobre o cultivo e tratamentos
Os cafeicultores brasileiros deverão colher 50,38 milhões de sacas na safra 2022, como aponta o 3º Levantamento do grão para a atual temporada divulgado, em setembro, pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab). Ainda de acordo com a pesquisa, a área destinada ao cultivo é de 2,24 milhões hectares, 1,84 milhão em produção e 402 mil em formação, o que representa leve aumento da área total cultivada em comparação à safra passada.
É no início das chuvas, que começa o processo de florescimento. Esse é o período mais suscetível à ocorrência de doenças, como a Phoma tarda e Phoma costarricensis, que podem ser observadas em toda parte aérea da planta e são visíveis primeiro nas folhas mais novas.
O engenheiro agrônomo Eduardo Mosca, consultor da C3 Consultoria e Pesquisa, em entrevista ao podcast Fala, Agro!, da Ourofino Agrociência, explica que a mancha-de-phoma pode ser prejudicial para a cafeicultura, podendo causar danos em até 20% da produção e comprometer todo o ano agrícola. “Essa é uma doença que ataca todas as etapas do cultivo do café. Ela pode devastar viveiros inteiros, por conta da rapidez em que se alastra. Na produção, pode estar presente em folhas e ramos. Por isso, a época mais importante para tratar é na florada”, diz o especialista.
Em regiões com ventos fortes e altitude elevada (acima de 1000 m), alta umidade e temperaturas próximas a 20 °C, a praga causa desfolha da planta, seca dos ramos, deformações e lesões necróticas nas folhas, flores e frutos e provoca a morte de brotações novas, botões florais e a mumificação dos chumbinhos.
Esses fatores comprometem diretamente a produtividade e, para controlar a doença, é necessário adotar práticas culturais e controle químico preventivamente. “A Ourofino Agrociência tem o Teburaz®, um fungicida sistêmico que associa dois dos principais grupos químicos, as estrobilurinas e os triazóis, e que se destaca pelo amplo espectro de controle. Uma tecnologia fundamental para o manejo de doenças no cafezal”, pontua Gustavo Vigna (foto acima), gerente de marketing da região Centro-leste da Ourofino Agrociência.
Mosca explica, ainda, que para o tratamento também é necessário levar em consideração vários outros aspectos, como histórico da lavoura, variedade e a microrregião da plantação infestada. “Na mancha-de-phoma, o tratamento preventivo é importante, muitas vezes, de maneira sequencial. Essa é uma das culturas mais complexas para trabalhar, pois muitos fatores interferem na produção, e é preciso capricho e dedicação ao cafezal”, destaca o consultor.
As lesões típicas da mancha-de-phoma ocorrem nas folhas do primeiro ou segundo nó de ramos do terço superior das plantas e, geralmente, ficam localizadas nas margens das folhas, impedindo o crescimento dessa área e fazendo com que ela fique retorcida.
“Nos próximos meses, a florada dará lugar ao chumbinho e, nessa etapa, é importante que a planta tenha bastantes folhas para conseguir nutrir todos os pequenos frutos, evitando que sejam eliminados por falta de nutrientes. Por isso, é essencial que a cultura esteja sadia desde o início da produção”, ressalta Vigna.
via assessoria
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