As
cotações do café robusta voltaram a subir no Brasil neste começo de junho, com
o Indicador Cepea/Esalq do tipo 6, peneira 13 acima, atingindo R$ 1.247,17/saca
de 60 kg na quinta-feira, 6, novo recorde real da série do Cepea, iniciada em
novembro de 2001 – deflacionamento pelo IGP-DI de abril/24. Segundo
pesquisadores, o impulso vem de projeções indicando oferta mundial apertada da
variedade, devido ao clima adverso no Vietnã, principal produtor de robusta.
Apesar das recentes reações nos valores do café, poucos vendedores estão ativos
no spot brasileiro. Atualmente, o foco de agentes tem sido a colheita de café
da safra 2024/25, que está a todo o vapor. No Espírito Santo, maior estado
produtor de robusta nacional, agentes consultados apontam que aproximadamente
40% da produção estimada já foi colhida. Em Rondônia, outro importante estado
produtor da variedade, a colheita está mais avançada, restando aproximadamente
25% da produção estimada para ser colhida.
CAFÉ ARÁBICA
Para
o café arábica, principal espécie colhida no Brasil, a expectativa é de uma
safra de 42,11 milhões de sacas. O resultado é reflexo de aumento tanto de área
em produção como de produtividade. De acordo com o levantamento, nesta
temporada verifica-se crescimento de 2,2% na área em produção e redução de 3,4%
na área em formação.
CONSUMO GLOBAL DE CAFÉ
De
acordo com o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA), o consumo
global de café está previsto em 169,5 milhões de sacas de 60 quilos, o que
representa novo recorde e um aumento de 0,3% na comparação com o ciclo
anterior. Nesse panorama de alta na demanda internacional, a procura pelo
produto brasileiro segue aquecida, em razão dos problemas na produção da Ásia,
em especial no Vietnã, e dos preços altos no mercado exterior, o que limita o
recuo das cotações domésticas.
DESEMPENHO DO CAFÉ
O
desempenho das lavouras brasileiras está estimado em 27,7 sacas por hectare,
aumento de 5,9% em relação à safra de 2023. Em Minas Gerais, maior estado
produtor de arábica, a safra está estimada em 29,84 milhões de sacas.
CAFÉ EM ALTA NO MERCADO EXTERNO
O
primeiro quadrimestre foi influenciado pela valorização do café no mercado
internacional, recuperação do dólar frente ao real e expectativa de crescimento
da oferta do produto no Brasil em 2024. Esse cenário, aliado a um aumento na
quantidade exportada, contribuiu para que o valor com as vendas ao mercado
internacional atingisse US$ 3,4 bilhões no acumulado de janeiro a abril, o maior
já observado na série histórica.
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