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Foto: IDR

CRÉDITO PARA AGRICULTURA FAMILIAR DOBRA NO PLANO SAFRA 24/25

Com a edição 2024/2025 do Plano Safra, o Governo Federal lançou uma nova fase de apoio à agricultura familiar, destacando um aumento expressivo no volume de crédito destinado ao setor. Este ciclo marca um avanço significativo, com a disponibilização de R$ 76 bilhões, o que representa um recorde histórico. 

Esse incremento no financiamento reflete a prioridade dada à agricultura familiar como um pilar estratégico para a segurança alimentar e a promoção de práticas agrícolas sustentáveis no Brasil. O aumento dos recursos e as novas condições de crédito têm como objetivo não apenas fortalecer o setor, mas também incentivar a adoção de métodos que contribuam para a preservação ambiental e o desenvolvimento econômico local.

 

AMPLIAÇÃO DO CRÉDITO E REDUÇÃO DE JUROS

A ampliação do crédito vem acompanhada de uma redução nas taxas de juros, especialmente para práticas sustentáveis. No atual Plano Safra, as taxas para custeio e investimento em produção orgânica e agroecológica foram ajustadas para 2% e 3%, respectivamente. “Esse ajuste visa incentivar a adoção de métodos agrícolas que minimizem o impacto ambiental e promovam a sustentabilidade”, afirma Francisco Carvalho, gerente comercial da Hydroplan-EB, empresa especializada no setor. Dados do Banco do Nordeste do Brasil também registraram uma melhoria nos valores médios contratados, que aumentaram de cerca de R$ 6.030 no ciclo 2020/2021 para R$ 13.120 em 2023/2024. O número total de contratos também cresceu, passando de 638 mil para aproximadamente 720 mil, refletindo uma expansão no acesso ao crédito e na participação dos agricultores familiares.

Foto: Gilson Abreu/AEN

INCENTIVOS PARA PRÁTICAS SUSTENTÁVEIS

O plano inclui várias iniciativas voltadas para a promoção da agricultura sustentável. O Programa Ecoforte, por exemplo, destina R$ 100 milhões a projetos de agroecologia, extrativismo e produção orgânica, visando fortalecer o manejo sustentável e a produção de produtos da sociobiodiversidade. O edital "Do Campo à Mesa" tem um orçamento de R$ 35 milhões e apoia a transição para práticas agrícolas mais sustentáveis, promovendo inovação e adaptação dentro da agricultura familiar. 

Além disso, a introdução de linhas de crédito com juros reduzidos para a aquisição de máquinas de pequeno porte e estruturas de cultivo visa modernizar a produção agrícola, tornando-a mais eficiente e adaptada a práticas ecológicas.

 

APOIO A PRODUTOS DA SOCIOBIODIVERSIDADE

O suporte financeiro para produtos da sociobiodiversidade, que inclui plantas usadas na produção de óleos essenciais, é uma parte fundamental do Plano. Estratégias como a utilizada pela Hydroplan, que investe na extração de óleos essenciais para serem utilizados como matéria prima, exemplificam o potencial de crescimento dessas cadeias produtivas. 

As taxas de juros reduzidas para essas culturas não só fomentam o desenvolvimento de práticas agrícolas sustentáveis, como também incentivam o uso de métodos que evitam produtos químicos sintéticos, resultando em produtos de maior valor agregado e beneficiando a biodiversidade local. 

 

Foto: Gilson Abreu/AEN

TECNOLOGIAS E POLÍMEROS SUSTENTÁVEIS

O aumento na disponibilidade de crédito para tecnologias agrícolas também facilita a adoção de polímeros não danosos ao meio ambiente. A integração de tecnologias avançadas e aditivos nutricionais oferece um potencial significativo para otimizar os processos agrícolas. Para Francisco, é essencial considerar não apenas o desenvolvimento das fórmulas dos produtos utilizados, mas também o impacto que seu uso causará. “Temos aditivos que proporcionam uma evaporação menor da água contida no solo ou utilizada na irrigação de salvamento”, explica. “Desse modo, asseguramos a preservação da região, sem causar impacto em seu equilíbrio hídrico e natural”, acrescenta.  (via assessoria).

 

Foto: Gilson Abreu/AEN

SISTEMA DE ARMAZENAMENTO

As ações do governo brasileiro voltadas para o abastecimento social e para a armazenagem devem auxiliar na elaboração de condutas a serem tomadas pelo Instituto Nacional de Comercialização Agrícola da Guatemala (Indeca) a fim de garantir a seguridade alimentar do país latino-americano. Esse compartilhamento de experiências é um dos objetivos da Reunião do Grupo de Trabalho de Cooperação Técnica Brasil-Guatemala, organizada pela Agência Brasileira de Cooperação (ABC) e pela Secretaria de Planejamento e Programação da Presidência da República da Guatemala (Segeplan). Na ocasião, o coordenador de Relações Internacionais da Companhia, Marisson Marinho, representa a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab).

 

SISTEMA DE ARMAZENAMENTO II

Durante as reuniões, ficou estabelecido que a atuação da Companhia ocorrerá de forma a auxiliar no aprimoramento de tecnologias de armazenagem e controle de qualidade da rede armazenadora de produtos agrícolas da Guatemala.

 

SISTEMA DE ARMAZENAMENTO III

Além das missões a serem realizadas para o compartilhamento de experiências a fim de desenvolver melhores práticas de armazenamento no país guatemalteco, a expectativa é que seja realizado um seminário internacional de armazenagem e controle de qualidade. Os trabalhos tiveram início na segunda-feira passada e seguiram até quarta-feira. Nestes dias, os participantes revisaram, validaram e aprovaram os projetos de cooperação técnica que irão integrar a pauta de cooperação entre os países para o biênio 2024/2026.

 

FRASE

O coordenador da Conab lembra que o sistema de armazenamento é um fator estratégico quando se pensa na segurança alimentar e no fortalecimento dos produtores. “A armazenagem permite que seja possível garantir um fluxo de abastecimento constante no país ao longo de um determinado período. Ao mesmo tempo, o sistema de armazenamento possibilita ao produtor, às empresas comercializadoras de grãos e às cooperativas condições mais adequadas para manter a qualidade de seus produtos, permitindo maior autonomia na comercialização de sua produção”, reforça Marinho.

 

Foto: SECS

BOIS COM PREÇOS DIFERENTES

A diferença entre os preços da arroba de boi no estado de São Paulo e em outras regiões acompanhadas pelo Cepea tem diminuído. Nos últimos dias, inclusive, a equipe vem registrando negócios fora de São Paulo sendo realizados a valores acima dos observados no mercado paulista. Segundo pesquisadores, enquanto muitos frigoríficos de São Paulo estão afastados nas negociações diárias, tendo em vista que já detêm animais de confinamentos adquiridos antecipadamente, agentes de indústrias de outros estados ainda optam por preencher as escalas no mercado de balcão.

 

BOIS COM PREÇOS DIFERENTES II

Em comparação à média de São Paulo (Indicador CEPEA/B3), a diminuição mais significativa ocorre em Mato Grosso do Sul, onde o diferencial está em apenas 6,18 Reais/arroba na parcial de agosto, queda de 63% em relação à média de janeiro a julho deste ano. Desde outubro de 2021, a diferença de preços entre esses dois estados não ficava na casa dos 6 Reais.

com assessorias

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