Sistemas de
automação estão na pauta do dia
Os números, divulgados pela
Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq), reforçam a expectativa de
conquistar um crescimento de pelo menos 6% em 2024 nos portos brasileiros. Isto
significa dizer que este modal é um elo importante no segmento de mercado
internacional para o País. No entanto, na opinião de Ricardo Molitzas,
presidente do Instituto Brasil Logística, “é imperativo que o governo e o
setor privado adotem medidas urgentes para modernizar e expandir a
infraestrutura portuária do país”. Molitzas cita como uma das ações
importantes acelerar a modernização de todos os equipamentos que compõem a
estrutura funcional dos portos, a fim de que ganhem agilidade nos processos de
carga e descarga, por exemplo, e os tornem mais competitivos e lucrativos.
Portos em sua grande maioria
pertencem à esfera federal. Muitos deles estão sob concessão para a iniciativa
privada em contratos que duram em média 30 anos. As atualizações tecnológicas
na infraestrutura interna, depende muito desta relação contratual, segundo
informa o gestor comercial deste setor, na PCE Engenharia, Carlos Dambroz. De
acordo com ele, os ganhadores das concessões investem mais fortemente nos
primeiros 15 anos do contrato e depois, ficam mais em manutenções pontuais.
“Isto acontece porque a gestora não sabe se ficará mais tempo no negócio quando
o contrato acabar” explica Dambroz. O resultado disto é que muitos portos
brasileiros podem estar com defasagem em muitas áreas, como a parte de
automação, por exemplo.
Com muitos anos de experiência no segmento elétrico eletrônico e tendo realizado várias obras em diversos portos pelo Brasil, o sócio diretor da PCE Engenharia, Everton Rorato arrisca a dizer que sim, diante da forma como é administrado os portos brasileiros e pela rapidez como as tecnologias vão surgindo, o gap na atualização da instrumentação e painéis de controles deve estar na faixa de 10 anos, “o que pode ser considerado de nível médio para alto”, ressalta, acrescentado que “nós por exemplo, já temos soluções desenvolvidas pelo nosso time de P&D, que melhoraria e muito a performance de vários setores dos portos brasileiros, no que se refere a automação, por exemplo, com sistemas que hoje podem ser controlados a distância, até via celular”, assinala Rorato.
via assessoria
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