Confira as principais notícias do mercado agropecuário

 

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BOI: DEMANDA FIRME SUSTENTA PREÇOS NESTE INÍCIO DE 2025

Os preços da carne bovina seguem sustentados pela firme demanda, conforme apontam levantamentos do Cepea. Em resposta, frigoríficos têm ido às compras e reajustado os valores da arroba para atender à procura do atacado – que vem escoando todo o volume que chega da indústria – e também da exportação – que começa o ano com bons números, também segundo pesquisas do Cepea. No campo, o Centro de Pesquisas indica que a oferta de animais de pasto ainda não se elevou. A ocorrência de lagartas nas pastagens em muitas regiões do País e também chuvas irregulares limitam a disponibilidade de forragens, ao mesmo tempo em que confinadores diminuem a programação de entregas a partir deste mês. Sob esses fundamentos, a arroba tem tido reajustes em várias praças acompanhadas pelo Cepea.

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FRANGO EM QUEDA

A carne de frango vem perdendo competitividade frente às principais substitutas neste início de 2025, conforme apontam levantamentos do Cepea. Segundo o Centro de Pesquisas, enquanto os preços médios da proteína avícola registram alta no comparativo entre a primeira quinzena de janeiro deste ano e dezembro/24, os valores da carne suína caem com força e os da bovina se mostram praticamente estáveis. Pesquisadores do Cepea explicam que, apesar do típico enfraquecimento das vendas nesta segunda quinzena de janeiro, devido ao menor poder aquisitivo da população, o incremento da demanda nos primeiros 15 dias do ano garantiu o avanço da média mensal (parcial até 15 de janeiro) para a carne de frango.

 

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OVOS: PREÇOS ESTÁVEIS

Os preços dos ovos encerraram a primeira quinzena de janeiro estáveis na maioria das regiões acompanhadas pelo Cepea. Segundo o Centro de Pesquisas, após uma acentuada queda no início do mês, reflexo da oferta elevada e da demanda enfraquecida, os valores apresentaram recuperação nos últimos dias, resultando em estabilização dos preços. Conforme agentes consultados pelo Cepea, os descontos nas negociações têm diminuído gradualmente. Além disso, o escoamento dos estoques remanescentes do final do ano em grande parte das regiões ajudou a manter os valores firmes, principalmente para o produto branco. Operadores do mercado indicam que esse cenário de menor oferta possa continuar sustentando ou até mesmo impulsionando as cotações.

 

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ARROZ: IMPORTAÇÕES EM ALTA

Em um ano de certa turbulência no mercado de arroz brasileiro, as importações cresceram e alcançaram o maior patamar desde 2003, ultrapassando o volume exportado, após seis anos de superávit na balança comercial. Quanto aos preços domésticos, levantamentos do Cepea mostram que os valores parecem ter encontrado certo nível de suporte nas regiões do Rio Grande do Sul. Segundo dados da Secex compilados e analisados pelo Cepea, em 2024, foram importadas 1,49 milhão de toneladas equivalentes de arroz em casca, acima das 1,41 milhão de toneladas do ano anterior. As exportações, por sua vez, somaram 1,42 milhão de toneladas no balanço de 2024, contra 1,75 milhão em 2023. Assim, as importações superaram as exportações em cerca de 74 mil toneladas no ano.

 

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CAFÉ: CHUVAS PODEM ATRAPALHAR MANEJO

As chuvas ocorridas em praticamente todas as regiões produtoras brasileiras de café continuam sendo, no geral, favoráveis à condução das lavouras e dos tratos culturais, incluindo adubações e aplicações de defensivos agrícolas, conforme indicam agentes consultados pelo Cepea. Por outro lado, chuvas em excesso, como é o caso da Zona da Mata de Minas Gerais, podem atrapalhar as atividades de manejo. As tão aguardadas precipitações, que quase não ocorreram de abril a setembro, voltaram a ser registradas em outubro e vêm se intensificando sobretudo no verão, que começou no Brasil. Pesquisadores do Cepea ressaltam que um verão chuvoso se faz necessário para uma boa colheita de café em 2025, visto que dificilmente as plantas recuperarão o potencial perdido com o clima em 2024.

 

TRIGO: IMPORTAÇÕES SEGUEM FIRMES

As importações brasileiras de trigo seguem aquecidas, mesmo diante do dólar em patamar elevado. Segundo dados da Secex, compilados e analisados pelo Cepea, chegaram aos portos nacionais 520,9 mil toneladas do cereal em dezembro/24, o maior volume para o mês desde 2019. Assim, no acumulado de 2024, o total importado somou 6,65 milhões de toneladas de trigo, contra 4,18 milhões de toneladas em 2023 e a maior quantidade desde 2018. No spot brasileiro, o ritmo de negócios segue lento, e agentes consultados pelo Cepea indicam que esse cenário deve se manter até o encerramento deste mês. Compradores e vendedores não mostram grandes necessidades de negociar, por conta das movimentações já realizadas em dezembro. Nesse contexto, os preços se alteraram pouco, ainda conforme levantamentos do Cepea.

 

ETANOL HIDRATADO EM BOM MOMENTO

Levantamentos do Cepea mostram que o volume de etanol hidratado negociado por usinas paulistas na última semana foi o maior da atual safra (2024/25) e o mais elevado desde o início de 2024 (semana encerrada em 19 de janeiro/24). Em um cenário de demanda bastante aquecida e de vendedores firmes, os preços médios subiram, ainda conforme aponta o Centro de Pesquisas. Entre 6 e 10 de janeiro, o Indicador CEPEA/ESALQ do etanol hidratado fechou em R$ 2,7380/litro (líquido de ICMS e PIS/Cofins), avanço de 2,5% frente ao do período anterior – trata-se da quarta semana de alta consecutiva. No caso do etanol anidro, o Indicador CEPEA/ESALQ foi de R$ 3,1002/litro, valor líquido de impostos (sem PIS/Cofins), elevação de 2,19% no mesmo comparativo.

 

 

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EMPREGO NO AGRONEGÓCIO SEGUE EM CRESCIMENTO

O agronegócio brasileiro empregou 28,4 milhões de pessoas no terceiro trimestre de 2024, aumento de 1,9% (ou de aproximadamente 533 mil pessoas) frente ao mesmo período do ano anterior, conforme indicam pesquisas realizadas pelo Cepea (Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada), em parceria com a CNA (Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil). A participação do setor no total de ocupações do Brasil seguiu em 26% de julho a setembro de 2024.

 

FATORES

Pesquisadores do Cepea/CNA explicam que o número de ocupados no agronegócio foi impulsionado pelo aumento no contingente de pessoas nas agroindústrias (com avanço de 6,7% em relação ao terceiro trimestre de 2023, ou cerca de 303 mil pessoas) e, principalmente, nos agrosserviços (6,3% ou aproximadamente 611 mil pessoas).

 

ATIVIDADES

Segundo pesquisadores do Cepea/CNA, entre as atividades agroindustriais, destacaram-se os segmentos de massas e outros alimentos (13,8% ou 55.355 pessoas), móveis de madeira (11,3% ou 54.284 pessoas), açúcar (24,7% ou 31.025 pessoas), moagem e produtos amiláceos (12,5% ou 30.984 pessoas) e têxteis de base natural (8,4% ou 9.326 pessoas), que juntos adicionaram 198.166 trabalhadores. Essa expansão nas atividades agroindustriais intensificou a demanda por serviços, aquecendo o mercado de trabalho nos agrosserviços, reflexo da maior complexidade operacional de algumas atividades industriais, que mobilizam uma ampla gama de serviços. (Fonte: Cepea).

Fonte: cepea



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